4 de set. de 2010

Capitulo 4 - Surpresa

- Mas... O que você faz aqui?

- Não posso ser convidado a entrar na sua casa?

- Nunca te convidei a entrar aqui...

- Me desculpe... Mas eu entrei mesmo assim...

- Sai da minha casa!

- Não... Até você me contar...

- Não te devo satisfação de nada!

- Irmãzinha... Vamos deixar essa "briga" pra depois?



Esse é o Erick, conheci ele na 5ª serie e desde aquela época ele é apaixonado por mim. O que é muito estranho mesmo.

Ele virou meu irmão depois que nossos pais decidiram se casar sem ter avisado nada pra gente antes... Minha mãe tinha dito que o vestido de aniversario de 15 anos era pra ser comprado com antecedência, e o pai dele disse que o terno era pra ir em um funeral de um amigo do avo da vizinha deles... Eles apenas nos avisaram no dia anterior do casamento, e nem disseram com quem iam se casar. Depois que entramos na igreja foi horrível, eu a daminha de honra com um vestido branco, minha mãe com um vestido azul de dar inveja, o pai com um terno branco, o padre que cuspia litros enquanto falava e o Erick, com um terno preto, tenho que dizer que ele ficava lindo com aquele terno.

Sim... Nossos pais são meio que estranhos, mas nós os amamos.



- Por que? O que houve?

- Eu não sei... Senti algo estranho vindo daqui.



O Erick tem tipo uns poderes paranormais interessantes. Ele é meio anormal como pessoa, mas é um ótimo irmão.



- E o que seria?

- Não sei... É como se tivesse um monstro por aqui... Ou algo pior.



Fiquei em choque. Não sabia o que fazer, era como se ele tivesse lido minha mente enquanto eu fugia na escola.



- Já que eu senti esse monstro e aconteceu aquilo na escola fiquei preocupado e sai mais cedo da escola...

- Foi por isso que você faltou na educação física?

- Sim... Não vou ver as garotas caindo no chão quase toda hora... E nem jogar.

- Sei...

- É verdade!



Alguns minutos de silencio. Ele me encarava pensativo. Eu o encarava constrangida por ele me encarar tanto, não sei, mas parecia que ele estava preste a me beijar. O silencio foi quebrado.



- Eu vou fazer um misto quente. Você vai querer um?

- Quero sim!

- Ótimo! Você realmente precisa comer! Parece um palito!

- Como é que é? - Fiquei brava no mesmo instante que ouvi o "precisa comer". Sai correndo atrás dele que nem uma louca!



Uma das coisas que ele fazia por mim era brigar comigo e me distrair de preocupações. Era por isso que eu o adorava como irmão.

Na cozinha...

- Não é assim que se faz um misto quente! - Ele gritou no meu ouvido - Tem que fazer direito!

- Então me ensine como fazer esse misto quente! - Já tava irritada, mas na brincadeira.

- Primeiro você põem o presunto e depois o queijo e depois esquenta. - Fiquei em choque. Eu realmente não sabia fazer um misto quente.

- Sou um fracasso na cozinha e sempre serei. - Abaixo minha cabeça e fico encarando o meu reflexo no chão.

- Tá bom... Então nem peço pra você fazer miojo. - Zombou da minha cara. Que adorável!
- Nem falo nada. - Peguei um dos mistos quentes prontos e comecei a comer. Ele fez o mesmo.
- Ahh! Queibei a lingúa! - Ele saiu correndo e pegou um copo de água gelada e bebeu. Comecei a rir com aquela cena. - Que foi? Nunca queimou a língua?
- Já-á! Mas ago-ra foi eng-raça-do! - Disse entre risos.

Ficamos lá até acabarmos de comer e então fomos pra sala.

- Ei, Rachel... Posso te fazer uma pergunta?
- O que foi?
- É que a presença está nessa sala agora, estava na cozinha quando você chegou lá e eu vi você no seu quarto sozinha quando eu percebi a presença. - Ele fez uma pausa com uma cara de sério, o que nunca era bom sinal, e então continuou. - Por acaso, você seria a presença?

Silêncio. Um clima tenso. Ele percebeu, falou diretamente e ficou encarando a minha cara de assustada.

- Eu acho que, pode ser eu, sim. - Sentei lentamente no chão da sala e abaixei a cabeça. Ele ficou surpreso, e sentou ao meu lado.
- Como isso aconteceu? Essa presença? Essa mudança radical na sua aparência? - Ele chegou mais perto pra me abraçar e se afastou rapidamente - E esse cheiro insuportável de sangue! - Ele tampou o nariz.
- E-e-eu-u... - Comecei a chorar, não sabia o que fazer.
- Calma! O que houve? Me diz... - Disse ele gentilmente enxugando minhas lagrimas.

O que fazer? Contar ou não contar? Devo me preocupar em contar pra ele antes da policia descobrir? Se eu não contar pra ele e ele descobrir ele vai ficar triste por eu não ter contado! Eu... Eu... Eu tenho que dizer pra ele! Tenho que criar coragem!

- Fui eu... - Sussurrei
- O que?
- FUI EU QUE MATEI AQUELA GAROTA! - Gritei entre soluços. Olhei desesperada mente pra ele e ele olhou desesperado e surpreso pra mim.

:::Fim do capítulo 4:::

25 de jul. de 2010

Capítulo 3

Assassinato na escola

Aquilo era assustador... Aquele suspense no ar, o Tic Tac do relógio martelando na minha cabeça... A professora que não parava de tentar acalmar aquele bando de alunos tagarelas... E tudo a minha volta dizia: "Culpada!" "ASSASSINA!!" "Como pode? Era só uma menina inocente!"
Estava ficando louca a cada minuto. Sensação horrível. Culpa devastadora. Suspense fatal! Quando iria acabar esse suspense todo? O que aquele garotinho sabia que eu não sabia? Perguntas e mais perguntas que eu não tinha resposta e que não queriam se calar...
O sinal tocou. Hora do horror. Fui para o meu armário deixei os livros e peguei o meu lanche o mais rápido possível e sai correndo pro pátio evitando passar pelo corredor da morte. Que deveria estar um caos graças ao acontecimento anterior...
Sentei no banco e comecei a comer meu lanche.

- Ei ei!! Ficou sabendo? - Ela sentou no meu lado. Era uma garota bem bonita, cabelo longo cheio de cachos. Uma ruiva bem bonita.
- Oi! O que foi que houve? Do que eu não fiquei sabendo...? - Já sabia a resposta... Era obvio demais!
- O garoto da festa passada não para de falar em você! - Ok... Por essa eu não esperava...

Ótimo... O que eu mais precisava agora era de um cara gostando de um monstro como eu... Isso vai acabar mal...
Um monte de gente começou a se juntar numa porta do prédio... Parecia tempos de briga

- Não sei o que deu nele... Mas ele realmente só fala em você!!
- O que ele disse?
- Disse que você era muito bonita... E que seu cheiro era muito bom... E então ele ficou quieto e abaixou a cabeça... O que houve entre vocês?
- Nada... - Ela ficou me olhando; me encarando; não sei direito, mas aquele olhar dizia alguma coisa; alguma coisa importante, que eu não entendi.

E então vem uma criancinha correndo em nossa direção

- Gente!! Vocês ouviram o que eles falaram??
- Que foi agora Gabusanfa? - Ela adorava irritar aquele pequeno japonês... Era irritante até pra mim...
- GaBu! É GABU!!
- Entendi... Gabüzanfá!
- ARG!! DEIXA PRA LÁ!
- Melhor deixar mesmo... - Sussurrei a ele
- Hi! Hi! - Aquela risada de feliz dela acalmava a todos; até mesmo depois de uma provocação. Tão simples; tão complexo...
- Voltando... Chamaram a policia! E já estão chegando!!
- Desta vez a briga foi feia hein...
- Que briga o que, sua ruiva! Não ficou sabendo? Alguém... - Fiz um sinal pra ele calar a boca na hora; ele continuou, menino burro - ...foi morto no banheiro feminino do corredor da morte!!

Ela entrou em choque; os olhos dela ficaram enormes; ela começou a chorar; uma cachoeira de lágrimas que não iam acabar nunca... Ela saiu correndo, odiava ser vista chorando.
MORTE! Essa é a palavra para se evitar dizer perto dela, uma simples palavra normal na natureza faz aquela adolescente voltar ao seu passado dolorido e tenebroso cheio de traumas; A palavra "ASSASSINATO!" também não pode ser dito perto dela...
Eu fiz aquilo; se ela descobrisse ela se mataria, minha amiga de infância não agüentaria isso; outro trauma na vida dela.

- Ela saiu correndo pra ninguém ver ela chorando... E ela normalmente se esconde no... AH MEU DEUS!!!! *se levanta num pulo e sai correndo*
- Essas meninas ainda vão me deixar maluco de tantas maluquices o-õ

Fui correndo pra dentro da escola...
Como eu podia ser tão estúpida? Deixar minha melhor amiga ir pra cena do crime que eu cometi...
Cheguei lá na frente e vi ela sentada do lado da porta da sala de geometria. Acho que ela queria chorar mais ainda pelo que ela tirou de nota em geometria...

- Ei! - Cheguei perto dela - Não precisa chorar... Shhh!! Calma... Cadê a menina alegre que eu adoro? =/
- Alguém foi ... !! - Ela nunca consegue pronunciar essa palavra. E não é por nada. - E foi no banheiro que eu sempre estou!! Podia ser eu!! Só não fui eu porque uma menina estranha entrou no banheiro antes ela era assustadora!! - Disse com dificuldade no meio do choro - E eu fui lá agora! Era ela mesmo! Era a menina morta no chão! Foi ela que entrou no banheiro antes de mim!!

As coisas só pioram a cada momento. Se aquela menina não tivesse entrado antes dela...eu teria matado minha melhor amiga? Isso só está piorando... Porque comigo? Minha melhor amiga corre perigo, todos da escola correm perigo...
O que eu sou? Porque fiquei bonita e derrepente mato todos com tanta vontade de tirar a vida daquelas pequenas criaturas que tem um cheiro tão irresistível? MEU DEUS! Porque eu pensei isso? "Pequenas criaturas que tem um cheiro tão irresistível..." ...e um gosto melhor ainda! O QUE! PORQUE? PARA! Estou com medo de mim mesma! PARA!! Não quero que aconteça de novo! Estou ficando com fome! ARG! PARA! PARA! PARA! PARA! ISSO É UM PESADELO!

- O que foi? - Disse ela mais calma me encarando - Você está bem?
- Es-sto-ou ótima!
- Você está com uma cara que me dá medo... - Disse ela se encolhendo

"Você está com uma cara que me dá medo" "Você está bem?" "Olááá?? Pode me ouvir?" "Serio... O que aconteceu?" "O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?" "NÃÃÃÃOOO!!!"

- Rachel!!!! Você está chorando!!! "O que aconteceu?"

Sai do meu transe. Olhei pra ela e sai correndo sem explicação. Era mais seguro naquele momento.

Cheguei em casa; me tranquei no quarto; me joguei na cama; liguei a TV pra me distrair; só passava tragédia; estava ficando com fome; tentei comer a minha sobremesa favorita que estava no frigobar; coloquei uma colherada na boca, cuspi tudo no chão; me joguei na cama de novo; mudei a TV pra um canal que estava no comercial; voltou a passar o programa, era mais tragédia. "Menina foi morta no banheiro de uma escola!" Desliguei a TV na hora; me esbaldei de chorar, depois de algum tempo finalmente conseguir dormir.

Acordei com barulhos vindo da porta. Olhei pro relógio, era 3 horas da tarde. Normalmente não tem ninguém em casa a essa hora; me encolhi na cama. O barulho continuou, eu decidi abrir a porta e ver quem era. Abri a porta lentamente...

Meus olhos se arregalaram.



O que essa pessoa fazia aqui?


:::Fim do capítulo 3:::

24 de jul. de 2010

Spoilers

::::::Aviso::::::
Spoilers são ditos quando o processo de ... BLABLABLA
Vou fazer essa budega fica menos formal...
Leitores...
Spoilers podem mudar pq eu posto os spoilers qnd eu ainda to escrevendo a fic...
Então não reclamem se o spoiler não aparecer na fic; ou se a fic tiver um spoiler parecido com o q eu dei a vocês mas modificado...
PS: NÃO VOU DAR MAIS DE 3 SPOILERS POR CAPITULO U-U
PS2: não reclamem se tiver menos de 3 spoilers dado pro capitulo u-u
PS3: se reclamarem não postarei mais spoilers e BLABLABLA!
OK? ENTENDERAM?
ACHO BOM U-U
uashsauhsauhsauusahusahsuahsauh
bom proveito =]




SPOILER 1

Capitulo 3 *spoiler* - Assassinato na escola


SPOILER 2

"Ótimo... O que eu mais precisava agora era de um cara gostando de um monstro como eu..."


SPOILER 3

*BLANK*

11 de jan. de 2010

Capítulo 2

Eu sou um monstro!


- O que eu fiz? - Disse desesperada.

Eu corri e corri. Já estava na metade do pátio. Continuei correndo, queria chegar na saída da escola o mais rápido possível. Cheguei numa porta de arame que dava pra rua, eu a empurrei e ela não abriu. Estava trancada!

- Droga! - Chorei, já estava chorando antes, mas nada comparado aquilo.

Sai correndo em direção a outra porta de arame que tinha no pátio, eu estava no meio do caminho quando o sinal tocou.

- Não! Todos vão sair! E... E se acontecer de novo? - Me escondi no parquinho das crianças.

As pessoas já estavam começando a sair da escola em direção do pátio. Fiquei em pânico! As crianças chegaram correndo e começaram a brincar. Entrei no escorregador no recreio das crianças de 5 anos! Quando achei uma pequena brecha para sair dali me deparo com um dos pestinhas.

- Oi! - Disse o garoto que vestia uma roupa da moda dos anos 70! - Pode me dar licença?

Eu me encolhi, o garoto me encarava como uma pessoa normal... Mas eu era um monstro!

- O que houve? - Falou o pequenino, estava ficando apegada ao garoto...

E eu tinha acabado de conhecer ele! Qual é o meu problema? Ah... Já sei... Sou um monstro... Esse é o meu problema...

- O que aconteceu moça? - Provavelmente ele nunca tinha lidado com uma garota desconhecida chorando. Dava pra ver na cara dele.
- Nada... - Eu falei tentando segurar o choro.
- Por que está chorando? - Ele se aproximou de mim, eu dei um passo para trás, era para a segurança dele! - Calma... Você não vai me machucar! - Agora eu me assustei, como ele sabia disso, como tinha tanta certeza?
- Como você sabe?
- Por que até agora nada aconteceu! Você não vai machucar ninguém até que aquilo que os seus olhos vêem mude - Disse num tom reconfortante.
- Obrigada! - Sai da passagem do escorregador e sai correndo dali.

Fui para dentro do prédio e andei por aqueles imensos corredores pensando no que o garoto tinha dito. O que ele sabia sobre mim que eu não sabia?

- Eu tenho que falar com ele de novo! - Disse decidida. Eu estava louca! Estou falando sozinha! Deve ser coisa de monstro... Não, isso é louco demais até pra um monstro! - Mas... E se... - A minha loucura de falar sozinha interrompida.

Ouvi um grito e fui correndo ver o que era. Cheguei no corredor da morte e vi uma garota sair correndo do banheiro, ela estava chorando e desesperada, e foi em direção a secretaria. Entrei em pânico. O que vai acontecer comigo? E agora?
Vou ser presa ou vou virar cobaia do governo por ser um monstro? Comecei a chorar de novo. Já estava com dor de cabeça de tanto chorar. Entrei no banheiro e me deparei com a garota morta no chão do banheiro. E agora?
Sai correndo dali, fui no meu armário peguei os meus livros e fui pra próxima aula antes que me notassem ali.



:::Fim do capítulo 2:::

Capítulo 1

Mudanças


Segunda-feira

Lá estava eu, parada na frente da escola. Como sempre, antes de entrar na escola, olhei para a grande construção durante algum tempo. Peguei na maçaneta da porta, suspirei e entrei de cabeça baixa pronta para as zoações.
Quando entrei todos me encararam como se nunca tivessem me visto na vida... Continuei andando, derrepente, todos começaram a me seguir. Estranhei.
Estava na frente do meu armário, abri a portinha e peguei as minhas coisas. Depois que fechei o meu armário e me virei foi que eu percebi... Estava cheio de gente no lugar mais deserto da escola! Mal dava para andar no corredor, então eu fui na direção da secretaria, que fica em frente ao meu armário.
Entrei na secretaria, tive que ouvir a secretaria reclamar que ali não era um corredor. Deixei a desgraçada falando sozinha e sai pela outra porta.
Andei até chegar no "Corredor da Morte", não sei o porque o corredor tem esse nome, e parei para tomar água no bebedouro que fica do lado do banheiro feminino. Depois que tomei a água eu subi as "Escadas da Morte" e fui para a sala.
O sinal bateu,eu sentei na minha cadeira e a professora entrou.

- Bom dia! - Disse a professora - Parece que temos uma aluna nova na sala. Poderia se apresentar para a classe? - E fez um gesto para eu me levantar.
- É... Professora Laura, sou eu... Rachel! - E a encarei para ver se ela me reconhecia.
- Seja bem vinda! Espero que faça amigos rapidamente! - Então ela se virou para a lousa e começou a escrever.

Eu não acredito! Nem a professora mais chata da escola me reconheceu! Isso estava ficando muito estranho, muito mesmo!
Depois que a aula acabou eu fui até o banheiro ver o estava acontecendo comigo.
Quando me olhei no espelho fichei chocada. Foi a primeira vez que me senti menos deprê desde sexta passada! Agora eu entendi o por que todos me seguiram. Afinal, quem não iria querer seguir, ou pelo menos, ficar perto de uma novata linda que nunca viram na vida?
Meus cachos loiros estavam lisos, minha face totalmente diferente, meus olhos azuis estavam mais claros que antes e meu corpo parecia ter perdido uns 10 quilos e eu parecia estar um pouco mais alta. Até os trapos que eu chamo de roupa pareciam ficar bem em mim agora.
Mesmo estando deprimida eu decidi aproveitar o meu novo e misterioso visual.
Depois que sai correndo do banheiro meu "quase sorriso" sumiu e eu cheguei no meu armário. Quando o estava abrindo minha segunda melhor amiga apareceu na minha frente.

- O que você está fazendo no armário da minha melhor amiga? - Disse rispidamente alto, como sempre.

Ela estava usando a sua jaqueta de couro preta, que ela insiste em dizer que é feminina, uma calça jeans azul marinho bem larga e a sua baby look preta com uma caveira estampada. Seu cabelo, de uma cor escura q parecia preto, estava preso numa traça pequena.

- Não vai responder? - Ela gritou. Todos perceberam a presença dela e se afastaram um pouco da gente.
- Alexa! Sou eu, Rachel! - Bufei antes de responder por causa do cheiro insuportável do chiclete que ela insiste em mascar.

Torci pra ela me reconhecer, caso contrario eu iria levar um soco na cara.

- Se você realmente é a Rachel... Prove! - Disse chegando mais perto tentando me intimidar. Dei um riso forçado.
- Já disse pra você soltar essa trança e se vestir como uma garota normal, ou pelo menos, usar uma jaqueta feminina. - Irritei-a com a ultima palavra, mas ela sorriu e me abraçou.
- Rach! O que houve com você? - Disse animada, com seu costumeiro tom ríspido.
- Eu não sei! Da ultima vez que me olhei no espelho foi sexta! E eu ainda estava normal!
- Não acredito, por que não viu no fim de semana?
- Estava muito deprimida embaixo do cobertor... - Disse sem perceber, me arrependendo depois que o interrogatório começou.

Todas aquelas perguntas estavam me deixando tonta e fiquei feliz quando, finalmente, o sinal tocou.

- Vai matar aula? - Perguntei como se fosse a coisa mais normal do mundo. E era, para ela.
- Vou... Quer ir comigo? - Ela ainda estava ríspida.
- Não, eu tenho que ir pra aula... - Eu tinha que me livrar daquelas perguntas - Tchau! - E fui em direção da classe.
- Te vejo no almoço então! - Ela já estava meio longe mas perto o suficiente para conversamos.
- Tá, té mais! - E acenei

Depois que ela saiu de vista, eu diminui a velocidade e parei encostada na parede. Estava muito deprimida ainda, e precisava ficar sozinha. Eu nem sabia o porque da minha depressão excessiva! Por que eu estava assim?
Fui até o bebedouro, queria ver se a água melhorava essa sensação de vazio em mim. Não melhorou.

- Olá! - Disse um garoto que passava no corredor.
- Oi - Respondi num tom meio triste.
- O que houve? - Disse se aproximando de mim.
- Nada! - Sorri pra ver se ele ia embora, ele não foi e eu me irritei, sentei no chão me encostando na parede.
- Por que está tão triste? - Ele parecia estar preocupado e sentou-se ao meu lado.
- Não estou triste! - Ele parecia ser um garoto gentil mas eu queria ficar sozinha.
- Não parece... Me conta o que houve? - Gentil e intrometido... Por que ele não vai embora logo?
- Não vou contar! É particular! - Que cara chato! Como eu podia contar pra ele algo que nem eu sei?
- Por que? - Ele começou a me irritar mesmo.

Me levantei e sai andando sem dizer nada. Derrepente senti uma dor enorme na minha barriga e cai com tudo no chão.

- Ah!! - Eu gritei muito alto. Sorte que nenhum adulto estava por perto, não queria que ninguém visse isso.
- E-eu... - Ele ficou em choque, até eu fiquei! - Eu... E-eu... Vou chamar ajuda! - Ele saiu correndo me deixando sozinha.

Que idiota! Eu to matando aula!
Eu finalmente consegui me levantar, sai correndo e entrei no banheiro. Me olhei no espelho. Os meus olhos, ou melhor, a irís estava quase branca!

- O que está acontecendo comigo? - Comecei a chorar. Me encolhi no canto do banheiro e me desabei em lágrimas. Qual era o meu problema?

Uma garota entrou no banheiro e me encarou, eu fiquei encarando ela.


:::FIM DO CAPÍTULO 1:::

10 de jan. de 2010

Sinopse

Rachel era uma garota normal, até que...
Sua amiga a convida para uma festa na sexta.
Algo acontece.
Segunda ela não parece ser quem era, e não é.
E agora ela terá que se adaptar ao mundo dos vampiros.
E assim sua vida nunca mais será a mesma...