11 de jan. de 2010

Capítulo 2

Eu sou um monstro!


- O que eu fiz? - Disse desesperada.

Eu corri e corri. Já estava na metade do pátio. Continuei correndo, queria chegar na saída da escola o mais rápido possível. Cheguei numa porta de arame que dava pra rua, eu a empurrei e ela não abriu. Estava trancada!

- Droga! - Chorei, já estava chorando antes, mas nada comparado aquilo.

Sai correndo em direção a outra porta de arame que tinha no pátio, eu estava no meio do caminho quando o sinal tocou.

- Não! Todos vão sair! E... E se acontecer de novo? - Me escondi no parquinho das crianças.

As pessoas já estavam começando a sair da escola em direção do pátio. Fiquei em pânico! As crianças chegaram correndo e começaram a brincar. Entrei no escorregador no recreio das crianças de 5 anos! Quando achei uma pequena brecha para sair dali me deparo com um dos pestinhas.

- Oi! - Disse o garoto que vestia uma roupa da moda dos anos 70! - Pode me dar licença?

Eu me encolhi, o garoto me encarava como uma pessoa normal... Mas eu era um monstro!

- O que houve? - Falou o pequenino, estava ficando apegada ao garoto...

E eu tinha acabado de conhecer ele! Qual é o meu problema? Ah... Já sei... Sou um monstro... Esse é o meu problema...

- O que aconteceu moça? - Provavelmente ele nunca tinha lidado com uma garota desconhecida chorando. Dava pra ver na cara dele.
- Nada... - Eu falei tentando segurar o choro.
- Por que está chorando? - Ele se aproximou de mim, eu dei um passo para trás, era para a segurança dele! - Calma... Você não vai me machucar! - Agora eu me assustei, como ele sabia disso, como tinha tanta certeza?
- Como você sabe?
- Por que até agora nada aconteceu! Você não vai machucar ninguém até que aquilo que os seus olhos vêem mude - Disse num tom reconfortante.
- Obrigada! - Sai da passagem do escorregador e sai correndo dali.

Fui para dentro do prédio e andei por aqueles imensos corredores pensando no que o garoto tinha dito. O que ele sabia sobre mim que eu não sabia?

- Eu tenho que falar com ele de novo! - Disse decidida. Eu estava louca! Estou falando sozinha! Deve ser coisa de monstro... Não, isso é louco demais até pra um monstro! - Mas... E se... - A minha loucura de falar sozinha interrompida.

Ouvi um grito e fui correndo ver o que era. Cheguei no corredor da morte e vi uma garota sair correndo do banheiro, ela estava chorando e desesperada, e foi em direção a secretaria. Entrei em pânico. O que vai acontecer comigo? E agora?
Vou ser presa ou vou virar cobaia do governo por ser um monstro? Comecei a chorar de novo. Já estava com dor de cabeça de tanto chorar. Entrei no banheiro e me deparei com a garota morta no chão do banheiro. E agora?
Sai correndo dali, fui no meu armário peguei os meus livros e fui pra próxima aula antes que me notassem ali.



:::Fim do capítulo 2:::

Capítulo 1

Mudanças


Segunda-feira

Lá estava eu, parada na frente da escola. Como sempre, antes de entrar na escola, olhei para a grande construção durante algum tempo. Peguei na maçaneta da porta, suspirei e entrei de cabeça baixa pronta para as zoações.
Quando entrei todos me encararam como se nunca tivessem me visto na vida... Continuei andando, derrepente, todos começaram a me seguir. Estranhei.
Estava na frente do meu armário, abri a portinha e peguei as minhas coisas. Depois que fechei o meu armário e me virei foi que eu percebi... Estava cheio de gente no lugar mais deserto da escola! Mal dava para andar no corredor, então eu fui na direção da secretaria, que fica em frente ao meu armário.
Entrei na secretaria, tive que ouvir a secretaria reclamar que ali não era um corredor. Deixei a desgraçada falando sozinha e sai pela outra porta.
Andei até chegar no "Corredor da Morte", não sei o porque o corredor tem esse nome, e parei para tomar água no bebedouro que fica do lado do banheiro feminino. Depois que tomei a água eu subi as "Escadas da Morte" e fui para a sala.
O sinal bateu,eu sentei na minha cadeira e a professora entrou.

- Bom dia! - Disse a professora - Parece que temos uma aluna nova na sala. Poderia se apresentar para a classe? - E fez um gesto para eu me levantar.
- É... Professora Laura, sou eu... Rachel! - E a encarei para ver se ela me reconhecia.
- Seja bem vinda! Espero que faça amigos rapidamente! - Então ela se virou para a lousa e começou a escrever.

Eu não acredito! Nem a professora mais chata da escola me reconheceu! Isso estava ficando muito estranho, muito mesmo!
Depois que a aula acabou eu fui até o banheiro ver o estava acontecendo comigo.
Quando me olhei no espelho fichei chocada. Foi a primeira vez que me senti menos deprê desde sexta passada! Agora eu entendi o por que todos me seguiram. Afinal, quem não iria querer seguir, ou pelo menos, ficar perto de uma novata linda que nunca viram na vida?
Meus cachos loiros estavam lisos, minha face totalmente diferente, meus olhos azuis estavam mais claros que antes e meu corpo parecia ter perdido uns 10 quilos e eu parecia estar um pouco mais alta. Até os trapos que eu chamo de roupa pareciam ficar bem em mim agora.
Mesmo estando deprimida eu decidi aproveitar o meu novo e misterioso visual.
Depois que sai correndo do banheiro meu "quase sorriso" sumiu e eu cheguei no meu armário. Quando o estava abrindo minha segunda melhor amiga apareceu na minha frente.

- O que você está fazendo no armário da minha melhor amiga? - Disse rispidamente alto, como sempre.

Ela estava usando a sua jaqueta de couro preta, que ela insiste em dizer que é feminina, uma calça jeans azul marinho bem larga e a sua baby look preta com uma caveira estampada. Seu cabelo, de uma cor escura q parecia preto, estava preso numa traça pequena.

- Não vai responder? - Ela gritou. Todos perceberam a presença dela e se afastaram um pouco da gente.
- Alexa! Sou eu, Rachel! - Bufei antes de responder por causa do cheiro insuportável do chiclete que ela insiste em mascar.

Torci pra ela me reconhecer, caso contrario eu iria levar um soco na cara.

- Se você realmente é a Rachel... Prove! - Disse chegando mais perto tentando me intimidar. Dei um riso forçado.
- Já disse pra você soltar essa trança e se vestir como uma garota normal, ou pelo menos, usar uma jaqueta feminina. - Irritei-a com a ultima palavra, mas ela sorriu e me abraçou.
- Rach! O que houve com você? - Disse animada, com seu costumeiro tom ríspido.
- Eu não sei! Da ultima vez que me olhei no espelho foi sexta! E eu ainda estava normal!
- Não acredito, por que não viu no fim de semana?
- Estava muito deprimida embaixo do cobertor... - Disse sem perceber, me arrependendo depois que o interrogatório começou.

Todas aquelas perguntas estavam me deixando tonta e fiquei feliz quando, finalmente, o sinal tocou.

- Vai matar aula? - Perguntei como se fosse a coisa mais normal do mundo. E era, para ela.
- Vou... Quer ir comigo? - Ela ainda estava ríspida.
- Não, eu tenho que ir pra aula... - Eu tinha que me livrar daquelas perguntas - Tchau! - E fui em direção da classe.
- Te vejo no almoço então! - Ela já estava meio longe mas perto o suficiente para conversamos.
- Tá, té mais! - E acenei

Depois que ela saiu de vista, eu diminui a velocidade e parei encostada na parede. Estava muito deprimida ainda, e precisava ficar sozinha. Eu nem sabia o porque da minha depressão excessiva! Por que eu estava assim?
Fui até o bebedouro, queria ver se a água melhorava essa sensação de vazio em mim. Não melhorou.

- Olá! - Disse um garoto que passava no corredor.
- Oi - Respondi num tom meio triste.
- O que houve? - Disse se aproximando de mim.
- Nada! - Sorri pra ver se ele ia embora, ele não foi e eu me irritei, sentei no chão me encostando na parede.
- Por que está tão triste? - Ele parecia estar preocupado e sentou-se ao meu lado.
- Não estou triste! - Ele parecia ser um garoto gentil mas eu queria ficar sozinha.
- Não parece... Me conta o que houve? - Gentil e intrometido... Por que ele não vai embora logo?
- Não vou contar! É particular! - Que cara chato! Como eu podia contar pra ele algo que nem eu sei?
- Por que? - Ele começou a me irritar mesmo.

Me levantei e sai andando sem dizer nada. Derrepente senti uma dor enorme na minha barriga e cai com tudo no chão.

- Ah!! - Eu gritei muito alto. Sorte que nenhum adulto estava por perto, não queria que ninguém visse isso.
- E-eu... - Ele ficou em choque, até eu fiquei! - Eu... E-eu... Vou chamar ajuda! - Ele saiu correndo me deixando sozinha.

Que idiota! Eu to matando aula!
Eu finalmente consegui me levantar, sai correndo e entrei no banheiro. Me olhei no espelho. Os meus olhos, ou melhor, a irís estava quase branca!

- O que está acontecendo comigo? - Comecei a chorar. Me encolhi no canto do banheiro e me desabei em lágrimas. Qual era o meu problema?

Uma garota entrou no banheiro e me encarou, eu fiquei encarando ela.


:::FIM DO CAPÍTULO 1:::

10 de jan. de 2010

Sinopse

Rachel era uma garota normal, até que...
Sua amiga a convida para uma festa na sexta.
Algo acontece.
Segunda ela não parece ser quem era, e não é.
E agora ela terá que se adaptar ao mundo dos vampiros.
E assim sua vida nunca mais será a mesma...