- Mas... O que você faz aqui?
- Não posso ser convidado a entrar na sua casa?
- Nunca te convidei a entrar aqui...
- Me desculpe... Mas eu entrei mesmo assim...
- Sai da minha casa!
- Não... Até você me contar...
- Não te devo satisfação de nada!
- Irmãzinha... Vamos deixar essa "briga" pra depois?
Esse é o Erick, conheci ele na 5ª serie e desde aquela época ele é apaixonado por mim. O que é muito estranho mesmo.
Ele virou meu irmão depois que nossos pais decidiram se casar sem ter avisado nada pra gente antes... Minha mãe tinha dito que o vestido de aniversario de 15 anos era pra ser comprado com antecedência, e o pai dele disse que o terno era pra ir em um funeral de um amigo do avo da vizinha deles... Eles apenas nos avisaram no dia anterior do casamento, e nem disseram com quem iam se casar. Depois que entramos na igreja foi horrível, eu a daminha de honra com um vestido branco, minha mãe com um vestido azul de dar inveja, o pai com um terno branco, o padre que cuspia litros enquanto falava e o Erick, com um terno preto, tenho que dizer que ele ficava lindo com aquele terno.
Sim... Nossos pais são meio que estranhos, mas nós os amamos.
- Por que? O que houve?
- Eu não sei... Senti algo estranho vindo daqui.
O Erick tem tipo uns poderes paranormais interessantes. Ele é meio anormal como pessoa, mas é um ótimo irmão.
- E o que seria?
- Não sei... É como se tivesse um monstro por aqui... Ou algo pior.
Fiquei em choque. Não sabia o que fazer, era como se ele tivesse lido minha mente enquanto eu fugia na escola.
- Já que eu senti esse monstro e aconteceu aquilo na escola fiquei preocupado e sai mais cedo da escola...
- Foi por isso que você faltou na educação física?
- Sim... Não vou ver as garotas caindo no chão quase toda hora... E nem jogar.
- Sei...
- É verdade!
Alguns minutos de silencio. Ele me encarava pensativo. Eu o encarava constrangida por ele me encarar tanto, não sei, mas parecia que ele estava preste a me beijar. O silencio foi quebrado.
- Eu vou fazer um misto quente. Você vai querer um?
- Quero sim!
- Ótimo! Você realmente precisa comer! Parece um palito!
- Como é que é? - Fiquei brava no mesmo instante que ouvi o "precisa comer". Sai correndo atrás dele que nem uma louca!
Uma das coisas que ele fazia por mim era brigar comigo e me distrair de preocupações. Era por isso que eu o adorava como irmão.
Na cozinha...
- Não é assim que se faz um misto quente! - Ele gritou no meu ouvido - Tem que fazer direito!
- Então me ensine como fazer esse misto quente! - Já tava irritada, mas na brincadeira.
- Primeiro você põem o presunto e depois o queijo e depois esquenta. - Fiquei em choque. Eu realmente não sabia fazer um misto quente.
- Sou um fracasso na cozinha e sempre serei. - Abaixo minha cabeça e fico encarando o meu reflexo no chão.
- Tá bom... Então nem peço pra você fazer miojo. - Zombou da minha cara. Que adorável!
- Nem falo nada. - Peguei um dos mistos quentes prontos e comecei a comer. Ele fez o mesmo.
- Ahh! Queibei a lingúa! - Ele saiu correndo e pegou um copo de água gelada e bebeu. Comecei a rir com aquela cena. - Que foi? Nunca queimou a língua?
- Já-á! Mas ago-ra foi eng-raça-do! - Disse entre risos.
Ficamos lá até acabarmos de comer e então fomos pra sala.
- Ei, Rachel... Posso te fazer uma pergunta?
- O que foi?
- É que a presença está nessa sala agora, estava na cozinha quando você chegou lá e eu vi você no seu quarto sozinha quando eu percebi a presença. - Ele fez uma pausa com uma cara de sério, o que nunca era bom sinal, e então continuou. - Por acaso, você seria a presença?
Silêncio. Um clima tenso. Ele percebeu, falou diretamente e ficou encarando a minha cara de assustada.
- Eu acho que, pode ser eu, sim. - Sentei lentamente no chão da sala e abaixei a cabeça. Ele ficou surpreso, e sentou ao meu lado.
- Como isso aconteceu? Essa presença? Essa mudança radical na sua aparência? - Ele chegou mais perto pra me abraçar e se afastou rapidamente - E esse cheiro insuportável de sangue! - Ele tampou o nariz.
- E-e-eu-u... - Comecei a chorar, não sabia o que fazer.
- Calma! O que houve? Me diz... - Disse ele gentilmente enxugando minhas lagrimas.
O que fazer? Contar ou não contar? Devo me preocupar em contar pra ele antes da policia descobrir? Se eu não contar pra ele e ele descobrir ele vai ficar triste por eu não ter contado! Eu... Eu... Eu tenho que dizer pra ele! Tenho que criar coragem!
- Fui eu... - Sussurrei
- O que?
- FUI EU QUE MATEI AQUELA GAROTA! - Gritei entre soluços. Olhei desesperada mente pra ele e ele olhou desesperado e surpreso pra mim.
:::Fim do capítulo 4:::
Assinar:
Postar comentários (Atom)
PLEASE posta mais amei a historia to super curiosa com a reacao dele. POSTA POSTA POSTA
ResponderExcluir